12 de Março - 5 min de leitura
O programa faz parte da PNA (Política Nacional de Alfabetização) e tem como foco enfrentar os problemas da alfabetização no Brasil.
A primeira infância é um período crucial para o nosso aprendizado. É nessa fase que exercitamos a capacidade de nos comunicar, de conviver em um grupo, de desenvolver consciência sobre nós mesmos e sobre os outros, além de várias outras habilidades que nos acompanharão pelo resto da vida.
Também é nessa fase que todo brasileiro deveria passar pelo processo de alfabetização. Ela não só é a base da leitura, da escrita e, consequentemente, de todos os conhecimentos que adquirimos como também é um direito de todo cidadão. A alfabetização no Brasil, no entanto, sofre com diversas deficiências, e são elas que o Programa Tempo de Aprender pretende corrigir.
Entenda neste artigo o que é e como funciona o Programa Tempo de Aprender.
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1 → O que é o Programa Tempo de Aprender
2 → Como funciona o Programa Tempo de Aprender
O Programa Tempo de Aprender foi desenvolvido a partir das diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA) do Governo Federal e tem como propósito enfrentar as principais causas das deficiências da alfabetização no país, dentre eles:
O Programa é destinado para gestores e educadores da pré-escola ao 1º e 2º ano do ensino fundamental das redes públicas estaduais, municipais e distrital. A ideia é fornecer apoio pedagógico para a alfabetização, aprimorar as avaliações realizadas nessa etapa, oferecer formação continuada e valorizar os profissionais da alfabetização.
As ações do Programa Tempo de Aprender são estruturadas em 4 eixos:
Eixo 1: Formação continuada de profissionais da alfabetização
1.1 Formação prática para professores alfabetizadores: para melhorar a educação, primeiro é preciso investir nos maiores protagonistas desse processo: os professores. O objetivo dessa ação, portanto, é proporcionar aos docentes a aquisição de conhecimentos, habilidades e estratégias para lidar com os desafios intrínsecos ao processo de alfabetização.
1.2 Formação prática para gestores educacionais da alfabetização: assim como os professores, os diretores, coordenadores pedagógicos e secretários da educação também precisam de uma formação qualificada para que os resultados dentro das escolas sejam melhores. Essa ação de suporte aos gestores é uma parceria entre o MEC e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
1.3 Intercâmbio de professores alfabetizadores: esta ação concilia conhecimento científico sobre literacia e práticas pedagógicas e consiste no envio de profissionais do magistério que sejam efetivos em escolas públicas ou secretarias de educação para o curso Alfabetização Baseada na Ciência (ABC), uma parceria com a Capes e promovido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) e pelo Instituto Politécnico do Porto (IPP). Saiba mais sobre o curso aqui.
Eixo 2: Apoio pedagógico para a alfabetização
2.1 Sistema On-line de Recursos para Alfabetização — Sora: essa solução vem para democratizar o acesso a recursos educacionais de qualidade. O sistema auxilia os professores no planejamento das aulas, pode ser adaptado à necessidade dos usuários e dispõe de recursos como estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas. Todas as escolas que aderem ao Programa Tempo de Aprender têm acesso ao sistema e ao suporte do Sora.
2.2 Apoio financeiro para assistentes de alfabetização e custeio para escolas: a ação tem como objetivo possibilitar os pagamentos de despesas com assistentes de alfabetização, que auxiliam professores em sala, e materiais utilizados em aula. Os recursos são obtidos por meio de repasses financeiros da União.
2.3 Reformulação do PNLD para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental: PNDL é a sigla do Programa Nacional do Livro Didático, que orienta a elaboração dos materiais de alfabetização assim como as diretrizes da PNL. O objetivo é elevar a qualidade dos materiais, levando em conta as evidências científicas mais recentes da Ciência Cognitiva da Leitura.
Eixo 3: Aprimoramento das avaliações da alfabetização
3.1 Estudo Nacional de Fluência: quando uma criança desenvolve a fluência, ela consegue se concentrar mais no significado da leitura do que no processo de decodificação. Quando monitora o progresso dos alunos, o professor consegue identificar as dificuldades de cada um e oferecer a ajuda que eles precisam. Para as escolas que participam do Programa Tempo de Aprender, o MEC fornece um diagnóstico formativo de fluência para alunos do final do 2º ano do ensino fundamental, o que facilita a verificação da aprendizagem através do indicador de desempenho.
3.2 Aperfeiçoamento das provas do Saeb voltadas à alfabetização: o objetivo desta ação é adequar as avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) gerido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) para verificar o desempenho dos alunos a partir de elementos essenciais para a alfabetização.
3.3 Avaliação de impacto das ações do programa: essa é uma ação fundamental para que o programa seja sempre aprimorado e garanta um bom uso do dinheiro público.
Eixo 4: Valorização dos profissionais de alfabetização
4.1 Prêmio por desempenho para professores, diretores e coordenadores pedagógicos: por fim, esta ação visa melhorar a qualidade a aprendizagem a partir de incentivos financeiros para professores, diretores e coordenadores pedagógicos do 1º e 2º ano do ensino fundamental que obtiverem bom desempenho em alfabetização. A ideia aqui é estimular que as metas estipuladas em cada escola sejam alcançadas e o desempenho dos alunos do 2º ano do ensino fundamental será a principal métrica.
Para saber mais informações sobre o Programa Tempo de Aprender, acesse o site:
http://alfabetizacao.mec.gov.br/tempo-de-aprender
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